Savassi Festival Lisboa
FUNDAÇÃO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
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Série de improvisações que acontecem na intersecção da música de concerto contemporânea e do jazz experimental e que dialogam com o desenho / pintura realizados ao vivo pela artista Niura Bellavinha.
Parâmetros, conceitos e procedimentos da música e das artes visuais contemporâneas funcionam como lampejos que provocam o discurso e o diálogo musical/sonoro/visual. Ideias múltiplas sobre harmonia, melodia, organização rítmica, organização espacial, perspectiva e orquestração (sonora e visual) são combinadas e reorganizadas às vezes de maneira metodicamente planejada; e às vezes de maneira profundamente intuitiva. Vindos de trajetórias e experiências musicais diferentes, os quatro artistas têm na improvisação um território comum. A confiança na intuição como ferramenta criativa em si permeia o trabalho dos quatro.
O concerto / performance representa uma investigação das possibilidades formais, sonoras e visuais da improvisação e criação livre a partir de construções formais prévias. Cada uma destas ideias formais dialoga de várias maneiras com conceitos como: fragmentação / sobreposição / velocidade / organização espacial /perspectiva / densidade / repetição. Com estímulos sensoriais como: textura / ofuscamento / ausência de luz e som / excesso de som, etc. O diálogo entre a música e a intervenção visual (espécie de pintura viva, ou desenho cinético ou ainda desenho cinemático) percorre,também, caminhos diferentes; às vezes busca-se aproximação, e às vezes a contraposição, e às vezes ainda o paralelismo.
O fato dos desenhos / pinturas se darem no tempo os tornam também radicalmente musicais para além de suas características visuais.
O Grivo
Em fins de 1990 O Grivo realizou seu primeiro concerto em Belo Horizonte, iniciando suas pesquisas no campo da “Música Nova”. Interessado na ampliação do seu repertório de sons e na descoberta de maneiras diferentes de organizar suas improvisações, o grupo desenvolve sua linguagem musical. Em função da busca de “novos” sons, de outras possibilidades de orquestração, e de formas diferentes de montagem, O Grivo trabalha com “Mecanismos Sonoros” e “Fontes Sonoras” pouco usuais (eletrônicas e acústicas), além de instrumentos musicais tradicionais. A pesquisa tem como consequência um crescimento da importância das informações visuais em suas montagens à qual se soma um diálogo, também ininterrupto, com o cinema, vídeo, teatro e a dança. Nas montagens (instalações / concertos) o espaço de fronteira e interseção entre as informações visuais e sonoras é o lugar privilegiado que gera a tradução sonora e imagética para questões como textura, organização espacial, sobreposição, perspectiva, densidade, velocidade, repetição, fragmentação, etc. A proposição de um estado de curiosidade e disposição contemplativa para a escuta, e a discussão das relações dos sons com o espaço são as questões sobre as quais se apóiam os trabalhos do grupo.
O Grivo se apresenta regularmente pelo Brasil. Seus concertos e instalações sonoras já foram apresentados nos EUA, Itália, Alemanha, França, Portugal, Inglaterra, Espanha, Suécia e Israel. Os artistas tem suas obras em coleções de arte como Itaú Cultural (Brasil), Museu de Arte da Pampulha (Brasil), ICCO (Brasil) SFMoMA (San Francisco - EUA), dentre outras.